O ex-procurador-geral de Justiça do Distrito Federal, Leonardo Azeredo Bandarra, foi condenado a 7 anos e 7 meses de reclusão e 202 dias-multa, assim como a perda do cargo público. O julgamento relatado pelo desembargador federal Kassio Marques e iniciado no dia 31 de janeiro deste ano, foi concluído hoje (30) pela Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 1ª. Região (TRF1).
Também foi condenada a promotora de Justiça Déborah Giovannetti Macedo Guerner a 7 anos e 9 meses de reclusão e 262 dias-multa. Os dois foram acusados de concussão, formação de quadrilha e receptação num caso que envolvia reportagens sobre denúncias contra o Ministério Público. Essas reportagens supostamente prejudicariam Bandarra que pretendia ser reconduzido ao cargo pelo então governador José Roberto Arruda.
A ex-assessora do GDF, Cláudia Alves Marques (inocentada neste processo), foi a pessoa que aproximou Déborah Giovannetti de Durval Barbosa, então chefe da Secretaria de Relações Institucionais do governo do Distrito Federal. Foi Barbosa quem contratou o programador de informática Jorge Gomes Guermer para retirar ilegalmente a reportagem do blog do jornalista Roberto Kuppe. A reportagem “Ministério Público Contaminado” atacava a administração de Bandarra.
Como não havia provas suficientes, o programador Jorge Gomes foi condenado pelo o crime de receptação a 1 ano e 15 dias de reclusão e 43 dias-multa.