Deputada disse que iria morrer na fila de hospital público

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A deputada Júlia Lucy (Novo) contou o périplo que fez na noite passada, a partir das 23 horas, para obter atendimento na rede pública do Distrito Federal. A parlamentar distrital disse que optou pela rede particular na madrugada, após ficar horas na fila do Hospital de Base e no Hospital Regional da Asa Norte.

“Essa atitude provavelmente salvou a minha vida”, disse Lucy numa nota elaborada por ela nesta manhã. Júlia Lucy foi diagnosticada com uma infecção nos rins, “que poderia ser irreversível”, segundo ela. No final da semana, quem sofreu na rede pública foi a avó da primeira dama Michele Bolsonaro, Maria Aparecida Firmo Ferreira, 78 anos,  que foi operada no Hospital de Base depois de ficar dois dias numa maca no Hospital Regional de Ceilândia.

[Veja o que disse o governador Ibaneis Rocha sobre esse caso – na seção áudio]

O relato de Júlia Lucy: “Acordei com febre forte e fiz questão de ser atendida em algum hospital público. Fui ao Hospital de Base, e descobri que não estava atendendo emergência. De lá, fui orientada a ir ao Hran [Hospital Regional da Asa Norte]. Em péssimo estado, cheguei lá e me deparei com a seguinte situação: só havia um médico atendendo a todos os pacientes! Esperei por duas horas e ainda não tinha previsão para ser atendida”.

“É muito triste ver e sentir na pele o quanto a população está desassistida pela rede pública”.

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