O ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é o assunto mais comentado nas redes sociais e, especialmente, nas rodas de conversa do Judiciário. Ele disse que queria matar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e depois se matar dentro da Corte. Hoje, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu que seja revogada a dispensa de revista em juízes, procuradores e advogados.
Antes, ministro Gilmar Mendes disse que não cogita entrar com nenhuma medida judicial contra Janot e disse ter a impressão de que se trata de um “problema grave de caráter psiquiátrico”. Mais tarde, pediu a retirada do porte de armas do ex-procurador-geral da República. O ministro pediu ainda que Janot seja impedido de entrar no tribunal.
O ex-presidente Michel Temer — acusado pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot de ter pedido o arquivamento da investigação contra o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha — afirmou em nota na tarde desta sexta-feira que Janot, “além de mentiroso contumaz, revela-se um insano homicida-suicida”.
Segundo Janot, “eles queriam que eu praticasse um crime, o de prevaricação. Falei alguns palavrões indizíveis antes de ir embora”, disse o ex-procurador à revista Veja. Michel Temer negou o encontro.
“Era um recado, uma ameaça. Pelo cheiro, suspeito que foi obra do Eduardo Cunha. Não há evidência. É pelo cheiro mesmo”, disse o ex-procurador. O site de O Globo publicou que por meio de nota, os advogados demonstraram perplexidade com as revelações e preocupados com a segurança de Cunha na prisão.
“Preocupa-nos a segurança de Eduardo Cunha. Afinal, o que significa um preso sem chance de defesa para quem é capaz de sacar uma arma para um ministro, dentro do STF?” afirmaram os advogados.