A produção e o consumo de fotografias são um grande sinal de maturidade de Brasília. Nos seus 60 anos de vida completos em 2020, a capital federal apresenta-se mais moderna ao deixar que as imagens fotográficas extraordinariamente revelem seu perfil social.
As fotos se tornam meios potentes para determinação da cultura brasiliense ao configurarem as exigências para com a realidade e se tornarem receptáculos de cobiçadas experiências autênticas. São elas indispensáveis para a saúde da economia, para estabilidade política e para a procura infindável da felicidade privada e coletiva.
Entender Brasília pela fotografia é permitir que o cidadão apresente, por meio de imagens, sua própria realidade e sua relação com a cidade. É ele o ver imagético que rodeia 3 milhões de moradores do DF que trabalham, estudam, pegam ônibus, fazem compras e brincam com seus filhos e seus “pets”.
Para Cartier-Bresson, fotografar é “encontrar a estrutura do mundo, deleitar-se com o prazer puro da forma” para por fim entender que “em todo este caos, há ordem”.
A Fotografia é uma espécie de paladar que nos permite saborear esse ordenamento de olhares em cada região do DF. É uma viagem pela câmera alheia para que, eventualmente, tenhamos a visão de todos.
Fotografar é liberdade.