Está na hora do discurso do presidente Jair Bolsonaro contra os desmandos do dinheiro público virar realidade no Ministério do Turismo. O deputado licenciado Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG) foi indiciado pela Polícia Federal nas investigações sobre um esquema de candidaturas laranja nas eleições de 2018. Graças ao esquema, Marcelo Álvaro foi eleito deputado e depois virou ministro sob as bênçãos do presidente. Em junho, foi preso um assessor do ministro acusado de estar envolvido no esquema corrupto.
Nesta tarde, o Ministério Público concordou com o pedido da Polícia Federal e encaminhou o indiciamento para a justiça federal. Atualizada às 16h00.
O relatório policial com o indiciamento de Marcelo Álvaro Antonio foi enviado nesta sexta-feira (4) ao Ministério Público de Minas Gerais. O indiciamento serve como base para que o Ministério Público decida se oferece ou não denúncia à Justiça contra Álvaro Antônio.
Bolsonaro já tinha dito que enquanto não houvesse indiciamento, manteria o ministro no cargo. Com o indiciamento, já é hora de tirar Marcelo Álvaro. A investigação policial concluiu que o ministro comandou esquema de desvio de recursos públicos por meio de candidaturas femininas de fachada nas últimas eleições.
O ministro foi indiciado sob suspeita dos crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa — com pena de cinco, seis e três anos de cadeia, respectivamente. O indiciamento foi aplaudido pelo deputado Alê Silva (PSL-MG), que disse que foi ameaçada de morte pelo ministro. Ela já tinha denunciado o esquema e o colega deputado ao vice-presidente Hamilton Mourão.