Crise e protestos provocam transferência do governo do Equador

Equador manifestação
Governo do Equador suspeita de participação de estrangeiros nos protestos/Arquivo
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O presidente do Equador, Lenín Moreno, ordenou a evacuação do palácio presidencial e a transferência da sede do governo em Quito para Guayaquil, em razão do recrudescimento dos protestos e a chegada de milhares de manifestantes à capital. Ele ainda acusou o ex-presidente Rafael Correa de tentar um golpe de Estado no país.

Manifestantes voltaram às ruas após as Forças Armadas evacuarem o Palácio de Carondelet e transferirem o presidente para Guayaquil, na noite desta segunda-feira (07/10). De lá, Moreno transmitiu um pronunciamento em rede nacional para pedir calma e tentar fazer aceno aos movimentos sociais, ao mesmo tempo em que acusou seu antecessor de promover a desestabilização do país.

“Me transferi para Guayaquil e transferi a sede do governo a esta querida cidade, de acordo com as atribuições constitucionais que me competem”, disse o presidente. “O que está acontecendo não é uma manifestação social de protesto por uma decisão do governo. Há uma manifestação política para romper a ordem democrática”, afirmou, cercado de generais em uniformes de combate e acompanhado do vice-presidente, Otto Sonneholzner.

Moreno culpou Correa, que presidiu o país entre 2007 e 2017, de estar por trás das tentativas de desestabilizar seu governo. Ele afirmou não ser coincidência que vários líderes do antigo governo de esquerda tenham viajado à Venezuela há poucos dias, segundo afirma, para conspirar juntamente com o presidente do país, Nicolás Maduro. (Da DW)

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