O líder indígena Paulo Paulino Guajajara, integrante de um grupo de agentes florestais autodenominados “guardiões da floresta”, foi assassinado na sexta-feira (01) em confronto com madeireiros. O crime aconteceu na Terra Indígena Arariboia, na região de Bom Jesus das Selvas, no Maranhão.
As circunstâncias exatas do assassinato ainda não estão claras. O governo do Maranhão, segundo ONGs e a imprensa brasileira, deslocou equipes para apurar o caso e proteger os indígenas ameaçados. As primeiras informações dão de que o líder indígena foi vítima de uma emboscada de madeireiros, provocando um violento conflito.
Desde 2012 os chamados “guardiões da floresta“, grupo formado por cerca de 180 indígenas guajajaras, tentam proteger a região por conta própria – as terras indígenas do Maranhão sofrem invasões de grileiros e madeireiros há décadas. Os Guajajara formam um dos povos indígenas mais numerosos do Brasil. Habitam várias Terras Indígenas na margem oriental da Amazônia, todas no Maranhão.
Sonia Guajajara, chefe da APIB , Associação dos Povos Indígenas do Brasil, disse hoje: “É hora de parar esse genocídio institucionalizado! Pare de autorizar o derramamento de sangue de nosso povo! ”A APIB está em turnê pela Europa para destacar o racismo e os ataques genocidas desencadeados pelo presidente Jair Bolsonaro.
Uma equipe da Funai e a polícia foram enviados para a floresta para encontrar o corpo de Kwahu. Não há confirmação independente do assassinato, mas foi amplamente divulgado no Brasil, e a Survival falou com os Guardiões apanhados na emboscada dos madeireiros que confirmaram os fatos.