Bolsonaro fala em dever de casa, Xi em protecionismo e Modi em metas

Bolsonaro Xi Jinping
Bolsonaro e presidente da China, Xi Jinping no Palácio do Itamaraty/Arquivo/Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que o Brasil está fazendo seu dever de casa para se tornar um mercado cada vez mais atrativo para os investimentos estrangeiros e quer se abrir para o mundo. “O governo tem feito o dever de casa para tornar o Brasil cada vez mais atraente”, disse o presidente no encerramento do Fórum Empresarial dos Brics. “O Brasil mudou, passou a abrir seu mercado para o mundo”, como registrou a repórter Lissandra Paraguassu, da Reuters.

Bolsonaro lembrou ainda que em 2018 as trocas comerciais entre os cinco países do bloco —Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul— alcançaram 110 bilhões de reais e que o Brasil tem oportunidades em diversas áreas.

“O Brasil ainda tem um caminho a percorrer. Novas reformas se apresentam para que o ambiente de negócios se torne mais atrativo”, afirmou. “Mas as oportunidades são muitas e o Brasil nunca esteve em um patamar como neste momento”.

Bolsonaro não citou em sua fala o principal ponto comum nos discursos dos demais presidentes do bloco, a crítica ao protecionismo comercial internacional que tem crescido.

O presidente da China, Xi Jinping, afirmou que o crescimento do protecionismo está ameaçando o comércio e os investimentos internacionais e levando à desaceleração da economia internacional, mas a China continua comprometida a abrir cada vez mais seu mercado.

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, ressaltou que os Brics devem trabalhar com metas de comércio intrabloco mais ambiciosas como forma de combater o protecionismo, enquanto o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, defendeu que o compromisso do bloco pode ajudar a combater o protecionismo e países que não seguem as regras internacionais de comércio.

Investimentos no porto de São Luís – Maior parceira comercial do Brasil, a China anunciará um investimento bilionário no Porto de São Luís através da China Communications Construction Company (CCCC), afirmaram duas fontes com conhecimento direto do assunto, em condição de anonimato. Uma das fontes pontuou que os recursos anunciados farão parte do maior projeto de investimento estrangeiro direto anunciado para o país neste ano.

Projetos para a Índia – O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse hoje (13) que a pasta terá uma agenda de trabalho conjunta com o Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS (NDB, na sigla em inglês) com o objetivo de impulsionar os investimentos estrangeiros na carteira de projetos de concessão no país.

O ministro se reuniu na tarde desta quarta-feira com o presidente do NDB, o indiano Kundapur Vaman Kamath, para mostrar os projetos de infraestrutura que serão concedidos à iniciativa privada. O NDB tem a meta de investir inicialmente US$ 2,5 bilhões no Brasil.

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