Candidato de centro-direita pode vencer neste domingo no Uruguai

Uruguai centro-direita Luis Lacalle Pou
O candidato de centro-direita Luis Lacalle Pou pode vencer as eleições no Uruguai/Arquivo/Divulgação
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A campanha para o segundo turno das eleições presidências no Uruguai chegou ao fim sinalizando uma mudança no direcionamento político no país, após 15 anos de domínio da esquerda. As eleições de segundo turno acontecem neste domingo (24). A justiça eleitoral prevê que até às 23h30 terá apurado 90% dos votos.

Entre as eleições nacionais de 2014 e as que foram registradas em 27 de outubro deste ano, a Frente Amplio (FA) perdeu cerca de 200 mil votos, segundo publicou o jornal econômico Crónicas. Essas eleições contaram com o surgimento de novos partidos políticos, como o Cabildo Open (CA), o Partido Digital (PD) e o Partido Popular (PdG) e o Partido Animalist Verde (PVA).

Na reta final para a votação, o candidato de centro-direita Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional, aparece à frente nas pesquisas de opinião, com 51% da preferência dos eleitores contra 43% de Daniel Martínez, da coalizão governista Frente Ampla.

Se confirmada essa tendência, o resultado significaria uma guinada em relação ao primeiro turno, quando o Partido Nacional sofreu duras perdas, que lhes custaram a maioria no Parlamento –  uma redução de cerca de 200 mil eleitores.

Lacalle Pou parece ter angariado o apoio dos eleitores que votaram em outros partidos de oposição na primeira rodada da votação. “O Uruguai está farto de governantes que nunca têm culpa de nada e sempre dão desculpas frente aos problemas mais insignificantes”, disparou o candidato em um comício no final da campanha, segundo a agência DW.

O esquerdista Martínez, ex-prefeito de Montevideo, venceu o primeiro turno das eleições com quase 10% à frente de Lacalle Pou. Ele diz que seus adversários políticos se uniram no segundo turno apenas com o objetivo de derrotá-lo, e que não formam uma coalizão estável para governar o país.

O candidato da Frente Ampla teceu fortes críticas às propostas de cortes na máquina estatal, defendidas pelo rival. “Dizem que se pode reduzir os gastos públicos sem que tenha efeitos negativos”, observou. “Pensar que a redução do Estado é algo que se possa fazer sem custo social para as maiorias é algo, no mínimo, ilusório”.

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