A bancada do Podemos no Senado Federal terá um integrante a menos com a cassação do diploma da senadora Selma Arruda (MT). A decisão é do plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que manteve também a cassação do primeiro suplente Gilberto Possamai, e da 2ª suplente da chapa, Clerie Mendes. A chapa foi acusada de prática de abuso de poder econômico e arrecadação ilícita de recursos nas Eleições Gerais de 2018.
Os ministros determinaram o afastamento dos parlamentares, após a publicação do acórdão, e a convocação de nova eleição pelo Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso (TRE-MT), para a escolha de novo representante do estado no Senado Federal.
Cinco ministros acompanharam o voto do relator, ministro Og Fernandes, proferido na sessão da última terça-feira (3), quando o julgamento do caso foi iniciado. O magistrado manteve a sentença do TRE, que, além de cassar os três mandatos, declarou a inelegibilidade de Selma Arruda e de Gilberto Possamai pelo prazo de oito anos. Único a divergir do relator, o ministro Edson Fachin argumentou que não se colhe, nos autos, provas suficientemente robustas para justificar a cassação de um candidato eleito por votação popular
Entre as irregularidades apontadas, o TRE destacou que a senadora eleita teria antecipado a corrida eleitoral ao realizar nítidas despesas de campanha, como a contratação de empresas de pesquisa e de marketing – para a produção de vídeo, de diversos jingles de rádio e de fotos da candidata, entre outras peças – em período de pré-campanha eleitoral, o que a legislação proíbe.