Texto de Ricardo Marques
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), se movimenta com destreza no tabuleiro nacional e consolida-se cada vez mais como um forte pré-candidato à Presidência da República em 2022. À frente de um governo bem avaliado e com um histórico pessoal impecável no plano ético-moral, o nome do maranhense é visto com simpatia pela maioria dos principais partidos de esquerda que integram o chamado campo democrático.
Esses partidos se articulam para construir uma candidatura competitiva a partir das suas próprias fileiras, como PDT, Psol e Rede, por exemplo.
Esta semana, o cenário nacional foi sacudido por duas notícias que colocam Flávio Dino no epicentro da próxima disputa presidencial. Primeiro, a Veja revelou que o maranhense estaria sendo cortejado para compor uma chapa ao lado do apresentador Luciano Huck.
A revista sustenta, inclusive, que a articulação estaria sendo costurada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e que Dino e Huck até já teriam se reunido pelo menos duas vezes – fato que o deputado federal Márcio Jerry, presidente do PCdoB no Maranhão e espécie de lugar-tenente do governador, nega.
Logo em seguida, o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) – voz importante do lulopetismo – correu para o Twitter e tascou que “o governador do Maranhão, Flávio Dino, disputará as eleições presidenciais em 2022 ao lado do PT”. É uma clara demonstração de que o nome do comunista incomoda Lula da Silva e companhia limitada.
Pelo visto, o PT quebrará lanças para barrar o crescimento da pré-candidatura do maranhense, que, convenhamos, seria o nome ideal como vice, para fazer uma assepsia numa eventual chapa petista.
(Ricardo Marques é advogado criminalista e jornalista)