As cozinhas e as copas de seis hospitais do Distrito Federal estão funcionando parcialmente a partir de hoje (14). Apenas 30% dos trabalhadores terceirizados estão nos seus locais de trabalho. O restante está em greve por conta de atraso nos salários de dezembro, que deveria ter sido pago até o dia 5 de janeiro.
A empresa Sanoli Alimentação, que tem o contrato de prestação de serviços com a Secretaria da Saúde, não informou quando o valor será quitado e por isso não há previsão do fim da greve. A Secretaria da Saúde garante que o pagamento à empresa está em dia. Em nota, a empresa fala exatamente o contrário. Diz que alguns valores estão “devidos desde 2014 pela SES/DF, levou ao esgotamento de nossa capacidade financeira, razão pela qual não conseguimos pagar a folha salarial de dezembro dos nossos colaboradores”.
A decisão de cruzar os braços foi tomada na semana passada, segundo informou o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Refeições Coletivas, Refeições Convênio, Refeições a Bordo de Aeronaves de Brasília (Sinter-DF). A assessoria informou por telefone que as negociações estão sendo feitas com a direção da empresa, mas até este momento não há informações a serem repassadas. Os trabalhadores estão parados nos hospitais do Gama, Guará, Ceilândia, Asa Sul, Asa Norte e de samambaia.
Nota da empresa
A SANOLI – Indústria e Comércio de Alimentação Ltda. Informa: o não recebimento de valores, alguns devidos desde 2014 pela SES/DF, levou ao esgotamento de nossa capacidade financeira, razão pela qual não conseguimos pagar a folha salarial de dezembro dos nossos colaboradores.
Estamos alertando a SES/DF, através de reiteradas correspondências, quanto à gravidade do momento, bem como do risco de falta de gêneros alimentícios e de pessoal.
Com mais de 60 anos no mercado, com um quadro de mais de 2.500 colaboradores, 1.000 exclusivamente dedicados aos 7 Hospitais e 3 UPAs por nós atendidos, estamos envidando todos os esforços para que a situação volte ao normal.
Lamentamos profundamente o ocorrido e contamos com que o Sindicato da Categoria Laboral-SINTERC/DF, mantenha o quadro mínimo necessário para o atendimento a pacientes, acompanhantes e servidores.
Brasília, DF, 15 de janeiro de 2020.
A direção