O presidente Jair Bolsonaro disse nesta manhã que manterá o secretário de Comunicação do Palácio do Planalto, Fabio Wejngarten, envolvido em denúncias por recebimento de comissões de publicidade por empresas de comunicação.
Wejngarten é sócio majoritário de uma empresa que tem contratos com veículos como Record, Band e SBT. Pela lei, ele não poderia ser sócio e ao mesmo tempo ser servidor comissionado do governo. É ele quem autoriza a veiculação da publicidade nos órgãos de comunicação. Segundo Bolsonaro, não há ilegalidade e que o secretário tem sido um “bom servidor”. “Se for ilegal, a gente vê lá na frente”. No próximo dia 28, a Comissão de Ética da Presidência vai analisar o caso.
A oposição no Congresso Nacional entrou com uma notícia-crime na Procuradoria-Geral da República (PGR) e com uma convocação no Senado. O Tribunal de Contas da União (TCU) também prometeu investigar a dupla atividade de Wejngarten. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que vai pedir a convocação do chefe da Secom para depor na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado.