Enquanto a tequila mexicana conquistou o mundo e agora tem 120 países como clientes, a brasileiríssima cachaça é uma “Cinderela” fora de seu imenso mercado natural e, para chegar ao mesmo escalão, precisa de suporte governamental.
“Parte do nosso trabalho é fazer com que o governo brasileiro vista a camisa da cachaça, assim como o governo mexicano vestiu a camisa da tequila, e do Reino Unido vestiu a camisa do uísque escocês”, disse o diretor executivo do Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), Carlos Lima, em entrevista à Agência Efe.
O mundo consome anualmente cerca de US$ 1 bilhão em bebidas destiladas de cana-de-açúcar, como a cachaça, mas apenas US$ 15 milhões desse total correspondem à bebida brasileira, cuja história está ligada à chegada dos portugueses, no século XVI, ao território que é hoje o do Brasil.
Longe de se desestimular com tão pouco peso da cachaça no mercado internacional, Lima ressalta que o atual percentual “mostra o potencial de crescimento das nossas exportações”. Ele reconhece que “a organização setorial do México com a criação do Conselho Regulador da Tequila é um modelo que a IBRAC há muito tempo vem buscando no Brasil”.