Morreu o ex-deputado Ibsen Pinheiro (MDB-RS). O político de 84 anos foi presidente da Câmara dos Deputados entre 1991 e 1993, quando conduziu o início do processo de impeachment do então presidente Fernando Collor, em 1992. O corpo está sendo velado na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Além de Jussara, Ibsen deixa dois filhos, Marcio, que completou 53 anos neste sábado, e Tomás, 29, além de uma neta. O velório ocorre até as 16 horas. O corpo será cremado às 17 horas, em cerimônia restrita a família e amigos.
O ex-deputado fazia tratamento de saúde no Hospital Dom Vicente Scherer, na Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre, quando teve uma parada cardiorrespiratória.
Foto/Reprodução/ZH
Nascido em São Borja em 5 de julho de 1935, Ibsen foi deputado federal por quatro mandatos, de 1983 a 2011, sempre pelo PMDB. Como deputado constituinte (1987), ajudou a elaborar a atual Constituição, promulgada em outubro de 1988.
Também foi presidente do PMDB do Rio Grande do Sul, deputado estadual e vereador. Antes de entrar para a política, trabalhou como jornalista, procurador de Justiça e promotor. Foi ainda advogado e dirigente do Sport Club Internacional.
Em maio de 1994, diante do escândalo do Orçamento, Ibsen Pinheiro o mandato de deputado federal cassado. A ação criminal, entretanto, foi arquivada por falta de provas em 1995. Ele se elegeu novamente deputado federal em 2006.
O atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia, lamentou a morte de Ibsen Pinheiro. Em menssgem no Twitter, Maia afirmou que Ibsen presidiu a Câmara “com muita seriedade, num dos momentos mais importantes da democracia brasileira”. Em outra postagem, Maia disse que Ibsen foi um um exemplo para ele. “Tive a oportunidade de conviver e aprender muito com ele. Perdemos um homem público diferenciado.”
Também no Twitter, o ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, destacou a importância política de Ibsen Pinheiro na história do Brasil, lembrando sua coragem pessoal e a grande capacidade de compreensão e análise do cenário político brasileiro. O ministro disse tambem que Ibsen foi “um bom amigo” que fez ao longo da vida. (Da ABr)