Nas comunidades mais pobres do Distrito Federal, são as mulheres as responsáveis financeiramente pela maioria das famílias, segundo um estudo divulgado nesta sexta-feira (06) pela Codeplan. No Itapoã, Paranoá, Recanto das Emas, Estrutural, Varjão e Fercal, por exemplo, as mulheres comandam 51,1% dos lares.
Em cidades como Taguatinga, esse percentual chega a ser muito maior. Atinge 54,6%, informa o estudo que faz parte da série “Retratos Sociais DF 2019”, que traça um perfil de grupos populacionais com base na Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD/2018) e da Pesquisa do Emprego e Desemprego (PED).
Em regiões onde o poder aquisitivo é maior, o percentual cai um pouco (42,7%), mas mesmo assim é significativo. No contexto geral, os homens estão à frente de 54,4% dos lares brasilienses, enquanto as mulheres administram 45,6%.
Nos afazeres domésticos, 92,8% dos homens de 30 a 59 anos realizam alguma tarefa doméstica no próprio domicílio – entre as mulheres da mesma faixa, essa taxa é de 97,3%. No Distrito Federal, 46,1% das mulheres com 14 anos ou mais estão trabalhando. As regiões do Sudoeste/Octogonal e Águas Claras têm proporcionalmente o maior número de mulheres no trabalho, respectivamente 56,9% e 55,2%. Comércio e serviços são os setores de atividade que a maior parte das mulheres empregadas estão inseridas.