Diversos países europeus anunciaram medidas restritivas para tentar conter a epidemia. Na Itália, cujo país todo foi posto em quarentena, o número de mortos passou de mil.
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Segundo autoridades italianas, as mortes pelo coronavírus cresceram 23% em apenas 24 horas, chegando a 1.016. O número de casos registrou um aumento de 21,7% neste mesmo período, passando de 15 mil. Esse foi o maior crescimento de infecções diárias desde o início do surto em 21 de fevereiro.
A Itália está em quarentena desde o início da semana. Na quarta-feira, o primeiro-ministro Giuseppe Conte decretou o fechamento do comércio, com exceção para supermercados, lojas de alimentos e farmácia. O país é o mais atingido pela epidemia na Europa.
A Espanha também determinou a quarentena de quatro cidades ao norte de Barcelona, na região de Igualada, devido a um surto significativo na área. É a primeira restrição deste tipo no país. Madri ordenou também o fechamento de escolas e universidades por duas semanas. As visitas em prisões foram reduzidas.
A França determinou fechamento de escolas, universidades e creches a partir da próxima semana por um tempo indeterminado. O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu ainda que pessoas com mais de 70 anos fiquem em casa. No país são quase 2,9 mil infectados e 61 mortes.
O transporte público não será interrompido no país. Procedimentos médicos que não forem essenciais devem ser adiados para liberar funcionários de saúde e espaço em hospitais para o tratamento de casos graves da covid-19.
A Irlanda também anunciou o fechamento de escolas, universidades, e instituições culturais até 29 de março. O governo irlandês determinou o cancelamento de eventos com mais de 100 pessoas em locais fechados e mais de 500 em locais abertos. A Holanda também fechou as portas de principais seus museus até o fim do mês e proibiu reuniões públicas de mais de 100 pessoas.
Portugal seguiu na mesma linha e ordenou a suspensão das aulas até antes da Páscoa. Além disso, o governo determinou o fechamento temporário de casas noturnas e limitou as visitações em asilos.
A Bélgica, além suspender aulas e cancelar eventos culturais, determinou o fechamento de bares e restaurantes a partir de sábado. Lojas deverão funcionar somente durante a semana, com exceção para supermercados e farmácias. “Isso não é um isolamento. Queremos evitar situações como na Itália. Essas medidas devem evitar a quarentena”, disse a premiê belga, Sophie Wilmes.
A Alemanha reforçou o controle na fronteira com a França. A chanceler federal alemã, Angela Merkel, pediu nesta quinta-feira que eventos com mais de mil pessoas sejam cancelado, além daqueles menores que não são estritamente necessários.
Caberá aos estados do país decidir sobre o fechamento de escolas e jardins de infância. Em Berlim, todos os museus e espaços culturais públicos ficarão fechados até 19 de abril. O número de casos de coronavírus na Alemanha chegou a 2.369, com cinco mortes registradas
A Eslováquia proibiu a entrada de todos os estrangeiros, com exceção de poloneses. A República Tcheca também limitou a entrada de cidadãos de 15 países no país.
A Áustria expandiu o alerta de viagem para todos os países do mundo e pediu que austríacos voltem para o casa o quanto antes. “Desencorajamos fortemente todas as viagens que não são urgentes”, disse o ministro austríaco do Exterior, Alexander Schallenberg, acrescentando que restrições de viagem podem ser decretadas em breve. (Da DW)