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Pensando um mundo pós-pandemia

Londres Inglaterra

Com as ruas desertas e restaurantes fechados, o número de ratos quase duplicou /Arquivo

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A eclosão da pandemia gerada pelo novo coronavírus tem grande potencial para alterar a configuração do planeta. A economia, a sociedade e a política sofrerão mudanças dramáticas. Podemos dizer que o século XXI está por começar.

No âmbito da economia, setores até hoje aparentemente consolidados sentirão os efeitos da crise. O turismo será duramente afetado e precisará se reinventar – todos precisamos de férias, mas como buscar hospedagem em um hotel sem saber realmente dos cuidados com a higiene do estabelecimento? Igualmente as companhias aéreas precisarão mudar seus protocolos de higienização de aviões.

Ainda falando de economia, o universo dos restaurantes mudará. O popular self-service já está em xeque, por questões óbvias de higiene. Igualmente, a indústria do entretenimento sentirá o baque. Eventos com grandes aglomerações de pessoas, como festivais de música, podem ser coisa do passado – e a onda de lives mostrou haver alternativas viáveis para os artistas, independente do estilo.

O cinema é um caso especial. O setor já vinha sentindo o peso do streaming, e é fácil imaginar o receio das pessoas em entrar em uma sala cheia para assistir um filme. Os estúdios cinematográficos também precisarão se reinventar.

O home office, que já era colocado em prática por muitas empresas, ganhará ainda mais espaço. A depender do ramo de atividade de uma instituição, será muito mais econômico deixar os empregados trabalhando em casa, evitando custos de manutenção de grandes espaços. Uma consequência disso será a redução do tráfego, em especial nas grandes cidades. Menores índices de poluição, portanto.

No que diz respeito à sociedade, a tendência é do “menos é mais”. A convivência familiar será reforçada, em detrimento dos “hábitos extra-casa”. O consumo poderá diminuir, em uma espécie de retorno ao básico. A conferir.

O mundo da política também precisará rever suas agendas prioritárias. Questões como a saúde da população e o saneamento ganharão ainda mais peso. Também o problema (terrível) da desigualdade terá outra abordagem. Confirmado isso, o planeta agradecerá.

Enfim, trata-se ainda de um exercício de futurologia. O vírus parece longe de ser dominado e outros poderão surgir ao longo do tempo. O certo é que muita coisa mudará, e espera-se que para melhor. Sejamos bem-vindos ao novo século.

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