Com a demissão do segundo ministro da Saúde, Nelson Teich, em menos de um mês, e em meio à epidemia de coronavírus, a ala militar do governo quer ver o secretário-executivo do ministério, general Eduardo Pazuello, em definitivo no cargo, disse à Reuters uma fonte palaciana nesta sexta-feira. Teiich pediu exoneração nesta manhã após uma reunião de menos de 15 minutos com o presidente Jair Bolsonaro.
Pazuello não tem qualquer relação com a área, mas foi indicado ao posto de secretário-executivo pelos militares do governo para tocar a área de logística. Ex-comandante da operação Acolhida, de recepção aos imigrantes venezuelanos em Roraima, foi visto como um ótimo administrador. “Pazuello tem o apoio de todo mundo. É um craque”, disse a fonte, que pediu anonimato. Outro nome cotado é da médica Nise Yamaguchi.
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta usou sua conta no Twitter para comentar a demissão de seu sucessor, Nelson Teich, que ficou menos de um mês no cargo e pediu o fortalecimento do SUS para combater a pandemia do novo coronavírus. “Oremos. Força SUS. Ciência. Paciência. Fé!”, escreveu Mandetta minutos depois da confirmação de que Teich pediu exoneração do cargo.
O governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que “o Brasil acorda assustado com as crises diárias, por agressões gratuitas, agressões à Democracia, à Constituição, às instituições, agressão ao Congresso Nacional, agressão ao Supremo Tribunal Federal, à imprensa, agressão e xingamentos aos jornalistas, agressão à ministros do seu próprio governo. Como o senhor fez e continua a fazer. Fez com Gustavo Bebianno, fez com Santos Cruz, fez com Sergio Moro, fez com Luiz Henrique Mandetta e agora fez também com Nelson Teich.”