Doações e missa virtual marcam a Festa do Divino de Planaltina

Divino Planaltina
O cortejo do Divino no próximo domingo será um evento para angariar doações/Vinícius Melo/Ag Brasília

Texto de Lívio de Araújo

A pandemia do novo coronavírus obrigou a tradicional Festa do Divino Espírito Santo, que acontece há 138 anos em Planaltina, a se reinventar. Com o afastamento social, os fiéis estão levando os símbolos do evento – em especial, a bandeira vermelha do Divino – até a casa das pessoas.

Na manhã deste domingo (24), o vice-governador Paco Britto recebeu os quatro festeiros de 2020 na Residência Oficial da Vice-Governadoria, no Lago Sul.

“Tenho certeza que Planaltina está feliz porque, mesmo com as dificuldades, o brilho da festa não se apagou, e agradeço por ter a oportunidade de, diante da bandeira do Divino, pedir proteção para a nossa cidade e para cada cidadão do Distrito Federal”, disse o vice-governador.

“Trabalhamos um ano para o acontecimento da festa, e é claro que ficamos tristes, mas os fiéis querem sentir a presença do Espírito Santo, por isso resolvemos levá-lo ao encontro de todos e vamos encerrar a festa com uma missa, que será transmitida pela internet”, explicou Águeda Maria, uma das festeiras do grupo.

A tradicional ceia, que é servida para mais de 6 mil pessoas e que aconteceria no próximo sábado (30), também se reverteu em uma ação solidária: os organizadores da festa se revezarão para cozinhar marmitas que serão doadas a moradores de rua de Planaltina.

No domingo (31), o cortejo, que normalmente aglomera milhares de pessoas nas ruas da cidade, acontecerá. Mas, neste ano, a bandeira desfilará em carro aberto e com os festeiros recolhendo cestas básicas e cobertores para doação. “A Festa do Divino é do povo para o povo”, ressaltou Wander Lúcio, do grupo de Planaltina.

A Festa do Divino é a segunda maior celebração da Igreja Católica em Planaltina e comemora a vinda do Espírito Santo sobre os 12 apóstolos de Cristo. Durante os dez dias que antecedem Pentecostes, são realizadas novenas, ceias e o cortejo imperial que percorre as ruas da cidade. A festa é encerrada com uma missa.

O evento, que mistura elementos culturais e religiosidade, foi instituído em 1321 pela rainha Isabel de Aragão, de Portugal. Com a transferência da Corte para o Brasil, em 1808, a celebração começou a ser realizada no país, onde se mantém até hoje.

(Lívio de Araújo trabalha na Agência Brasília)

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