Guarda Nacional é acionada para conter protestos em Minnesota

Caso George Floyd reacende a luta histórica racial nos EUA
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Toda a Guarda Nacional de Minnesota foi ativada pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, após quatro noites de protestos por vezes violentos que se disseminaram em outras cidades americanas, depois da morte de um homem negro por um policial branco de Minneapolis, que se ajoelhou em seu pescoço.

O governador de Minnesota, Tim Walz, disse que o destacamento era necessário porque participantes dos atos estavam usando os protestos pela morte de George Floyd para espalhar o caos e que ele esperava que as manifestações da noite de sábado fossem as mais ferozes até agora.

De Minneapolis a Nova York, Atlanta e Washington, manifestantes entraram em conflito com a polícia na noite de sexta-feira, em uma onda crescente de raiva em relação ao tratamento de minorias pela polícia.

“Estamos sendo atacados”, disse Walz, em uma entrevista coletiva. “A ordem precisa ser restaurada. Vamos usar toda a nossa força da bondade e da Justiça para garantir que isso acabe”.

Ele disse que acreditava que um grupo “rigidamente controlado” de agitadores de fora, alguns supremacistas brancos e cartéis de drogas eram culpados pela violência em Minneapolis, mas não entrou em detalhes ao ser questionado por repórteres. Ele afirmou que até 80% dos presos eram de fora do Estado.

O general da Guarda Nacional de Minnesota, Jon Jensen, disse que todos os guardas do Estado foram ativados e que 2,5 mil deles seriam mobilizados até o meio-dia. “Significa que colocamos tudo que temos”. Com informações da Reuters.

Entenda o caso George Floyd

Um ex-policial de Minneapolis foi preso acusado do assassinato de George Floyd, um homem negro, que estava desarmado e sob custódia quando foi morto. Derek Chauvin, que é branco, foi filmado se ajoelhando sobre o pescoço de Floyd. Ele e três outros policiais foram demitidos na segunda-feira.

Darnella Frazier, que passava pela rua, sacou seu celular enquanto assistia horrorizada à cena em que Floyd, no chão, algemado e desarmado, ficava inconsciente sob a pressão do joelho de um dos policiais brancos que o haviam detido. Ao que parece, pouco antes, Floyd, que trabalhava como segurança em um restaurante, tentou fazer uma compra com uma cédula falsa de US$ 20.

Depois de implorar por sua vida várias vezes e dizer “não consigo respirar”, Floyd perdeu os sentidos. Pouco depois de ser levado por uma ambulância, ele foi declarado morto. No vídeo de 10 minutos, Chauvin imobiliza Floyd e ignora as reclamações tanto do detido quanto das testemunhas sobre sua violência extrema.

Seu colega de patrulha, Thao, observa a cena impassível e trata de obstruir a visão das pessoas que transitam pela rua.

Darnella Frazier decidiu publicar seu vídeo nas redes sociais e as ruas de Minneapolis viraram palco de uma onda de protestos que se espalhou pelos Estados Unidos. O flagrante dela foi visto mais de 1 milhão de vezes em diversas redes sociais.

Chauvin é acusado de causar a morte de Floyd “por praticar um ato eminentemente perigoso” e por ser negligente, “criando um risco irracional e tendo a chance de causar a morte ou grandes danos corporais”.

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