Fabrício Queiroz foi transferido para o presídio de Benfica

Fabrício Queiroz
Fabrício Queiroz deu entrevista há algum tempo e disse que tinha sido abandonado/Arquivo/Reprodução vídeo
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Texto de Cristina Índio do Brasil

O helicóptero que trouxe Fabrício Queiroz de São Paulo chegou ao Rio de Janeiro e pousou no Aeroporto de Jacarepaguá na zona oeste da cidade. De lá, ele seguiu para o Instituto Médico-Legal (IML) para exames e foi levado para o presídio de Benfica, na zona norte do Rio. Ele foi preso hoje (18), na cidade de Atibaia, no interior de São Paulo, por agentes do Ministério Público e da Polícia Civil do estado, na Operação Anjo.

De acordo com o Ministério Público de São Paulo, ele foi encontrado no sítio de um advogado que presta serviços ao senador Flávio Bolsonaro.

As investigações do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) que levaram à prisão do ex-assessor e ex-motorista do então deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) começaram em 2018 com a divulgação de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontou movimentações suspeitas nas contas de parlamentares, assessores e servidores públicos da Alerj, entre eles, Fabrício Queiroz. Essa investigação levou à instauração de 22 procedimentos investigatórios criminais, de acordo com o MP, com o objetivo de esclarecer suposta participação de parlamentares e de servidores nas movimentações de valores.

Esse relatório surgiu durante a Operação Furna da Onça, um desdobramento da Operação Cadeia Velha. As duas resultaram na prisão de parlamentares da Alerj, segundo o MPRJ, por indícios de participação em esquema de propinas ligado à organização criminosa liderada pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral.

De acordo com o MPRJ, no esquema chamado de rachadinha, os deputados contratavam assessores e, em troca, recebiam de volta parte dos salários deles. São 21 parlamentares citados, entre eles, o então deputado estadual Flávio Bolsonaro. O relatório do Coaf apontou uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta em nome do ex-assessor.

(Cristina Índio do Brasil trabalha na EBC)

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