Presidente do Banco Central irá avaliar espaço para queda de juros

Roberto Campos Neto Banco Central Misto Brasília
Roberto Campos Neto é presidente do Banco Central/Arquivo/Divulgação

Em meio a avaliações recentes de que a economia iniciou sua retomada a um ritmo forte, o Banco Central precisa entender o impacto do crescimento na inflação para avaliar se ainda há espaço para corte residual nos juros básicos, afirmou à Reuters o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, complementando que dados na margem mostram inflação acima das expectativas.

Campos Neto afirmou, em entrevista à Reuters na noite de quarta-feira, que hoje a avaliação do BC é que a projeção para o crescimento da economia tende a melhorar, sob o impacto das medidas de enfrentamento à pandemia, e a perspectiva é que a inflação possa ir na mesma direção. “O que eu tenho dito é que a gente tem que entender o impacto do crescimento na inflação”, afirmou ele, após ser questionado se ainda haveria espaço para nova redução na Selic.

“Essas duas coisas (crescimento e inflação) tendem a ir na mesma direção, ainda que entendendo que nós temos um hiato tão grande que é capaz de o crescimento voltar mais rápido sem gerar muita inflação”, avaliou Campos Neto. “A gente já tem alguns dados de inflação na margem que vão, ainda que muito residual, mostrando pela primeira vez que está um pouco acima das expectativas”, destacou Campos Neto. Ainda assim, ele frisou ter “mais convicção de que o crescimento está assimétrico do que a inflação”. “A minha confiança é maior no crescimento.”

Campos Neto disse ainda que, após conversas com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tem expectativa de que a autonomia do BC seja votada pelos senadores por volta de 15 de agosto.

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