Voluntários do DF começam a receber vacina contra a Covid-19

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Vacinas experimentais foram inoculadas em voluntários de vários países/Arquivo/Xinhua/Zhang Yuwei

Voluntários brasileiros começam a receber nesta terça-feira (21) uma vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela China. As doses fazem parte da terceira fase da pesquisa e serão aplicadas em 890 profissionais da saúde, no Hospital da Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo. Os pesquisadores do hospital vão analisar os voluntários a cada duas semanas. A estimativa é concluir as primeiras análises em até três meses.

Os outros 11 centros de pesquisa que participarão desta fase de testes no Brasil receberão as doses de forma escalonada. A terceira etapa é a última antes do registro e deve determinar se a vacina é realmente eficaz. No total, participarão desta fase nove mil voluntários que trabalham em instalações especializadas para Covid-19 no Distrito Federal e em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.

Há mais pesquisas promissoras para uma vacina contra a doença – #COMPARTILHE nossas informações

A carga com 20 mil doses da vacina desenvolvida pela empresa farmacêutica chinesa Sinovac Biotech desembarcou na madrugada de segunda-feira no Aeroporto Internacional de Garulhos. Entre os recrutados para os testes, metade receberá duas doses do imunizante num intervalo de 14 dias e a outra metade receberá duas doses de placebo, uma substância com as mesmas características, mas sem efeito.

De acordo com pesquisadores, ela é segura e induziu uma resposta imune, segundo resultados preliminares divulgados na segunda-feira. Os cientistas informaram que testes em 1.077 pessoas com idades entre 18 e 55 anos mostraram que a vacina foi capaz de estimular a produção de anticorpos e células T (células do sistema imunológico que destroem outras células contaminadas por vírus ou bactérias). Os resultados abordam as duas primeiras fases de testes. A terceira fase de estudos clínicos, mais ampla e que inclui testes em 50 mil pessoas, ainda está em andamento. Ela inclui testes em 5 mil voluntários brasileiros e está sendo feita em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Outra vacina, desenvolvida pela empresa chinesa estatal Sinopharm, entrou este mês na fase 3 nos Emirados Árabes Unidos. Entre as mais de 160 iniciativas para encontrar uma forma de imunização segura contra a covid-19, essas três pesquisas são as que estão em estágio mais avançado. (Da DW)

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