Texto de Renato Candemil
Certa vez ouvi um sábio dizer que “as competições revelam as nossas fraquezas e inflam o ego. Nossos verdadeiros inimigos somos nós mesmos”.
Essa pequena frase, jogada ao vento pode não significar muita coisa, pois historicamente o padrão comportamental e a natureza do ser humano sempre foi a competição. No meio empresarial há aqueles que defendem ardorosamente a competição saudável, seja no âmbito interno ou externo da organização.
No entanto, o que temos presenciado no nosso dia-a-dia e principalmente com o advento da pandemia e seu Covid-19, é uma pequena mudança nesse paradigma. Em nossa sociedade atual, cada vez mais o ser humano está buscando despertar para uma nova forma de pensar, e consequentemente de agir também, seja no meio familiar, social ou empresarial.
Nos últimos anos tenho dedicado boa parte de meu tempo a estudar, refletir e escrever sobre temas como a espiritualidade e a busca pelo autoconhecimento, no âmbito da sociedade e principalmente na Governança Corporativa, buscando trazer uma reflexão sobre o comportamento e as atitudes que devem pautar o ser humano e especificamente o líder e gestor empresarial.
A reconstrução de um novo padrão comportamental, afastando-se do anterior que era pautado na competição já é uma realidade. O ser humano, Gestor Organizacional, está percebendo que para conquistar espaços, aumentar lucros na sua organização, e ampliar seus mercados, desnecessário praticar a competição com o seu provável concorrente, e muito menos com seus colaboradores no âmbito interno da sua organização. As corriqueiras práticas administrativas pautadas em viés competitivo estão ficando cada vez mais ultrapassadas, e que me desculpem os que pensam ao contrário.
No campo da gestão, ao despertar a sua “mente de sabedoria” para a busca do autoconhecimento o líder empresarial estará naturalmente inovando e certamente direcionando a sua organização para um novo patamar empresarial, determinando os rumos de uma nova era, de grandes transformações e com forte viés colaborativo.
Com o auxílio de ferramentas motivacionais e de liderança, o desenvolvimento da organização se dará de forma natural, crescente e contínua, tendo como fator preponderante essa questão colaborativa. E não pensem que isso está se firmando apenas no âmbito interno da organização, pois a questão colaborativa entre as empresas de um mesmo segmento já é uma realidade bastante praticada.
As novas ferramentas digitais e um bom arcabouço tecnológico completam e contribuem para esse sucesso. Vencer o jogo da vida com o desapego da competição é desarmar o ego e a melhor das vitórias. Reflita e tenha fé!
O desemprego avassalador causado pela pandemia atual só será vencido através da implementação de parcerias e ajuda mútua por parte das organizações, Estado e seus cidadãos. Novos rumos e novos significados nesse convívio empresarial e social estão sendo reinventados e o sucesso de todos será alcançado se, e somente se, trabalharmos unidos.
Boa Reflexão!