O demissionário presidente-executivo do Banco do Brasil, Rubem Novaes, vai continuar no governo e ocupará função de assessoria no Ministério da Economia, informou uma fonte do governo próxima ao assunto. Procurado, Novaes não respondeu às tentativas de contato, de acordo com a Reuters.
Novaes, que apresentou pedido de demissão com efeito a partir de agosto, deve assumir a posição de diretor de programa da Secretaria Especial de Fazenda, do Ministério da Economia, função ocupada pelo economista Caio Megale, que confirmou à Reuters que deixará o cargo. Caberá a Novaes articular conversas e tratativas com empresários do eixo Rio-São Paulo.
“Rubem continuará no time, ligado ao Ministério da Economia. Ele já não aguenta mais Brasília e não tolerava mais as relações da capital federal”, disse a fonte, que pediu anonimato. Novaes assumiu o BB logo no início do governo e foi um defensor da privatização do banco público, mas o desejo sempre esbarrou a vontade do presidente Jair Bolsonaro. “O Novaes ainda tem muito a contribuir”, acrescentou a fonte. O BB informou na sexta-feira sobre o pedido de demissão de Novaes apresentado ao presidente Bolsonaro e ao ministro da Economia, Paulo Guedes, válido a partir de agosto, “em data a ser definida”. O nome do substituto ainda não foi anunciado.