O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que vai proibir a rede social chinesa TikTok em seu país, alegando razões de segurança nacional. A empresa se recusou a comentar a fala de Trump, afirmado apenas que confia no “sucesso em longo prazo” do TikTok.
Autoridades de segurança e parlamentares americanos já haviam expressado preocupações de que o TikTok, cuja popularidade vem aumentando rapidamente nos EUA, possa ser uma ferramenta dos serviços de inteligência chineses. Trump anunciou a medida durante uma conversa com jornalistas no avião presidencial Air Force One. “No que diz respeito ao TikTok, vamos bani-lo dos Estados Unidos”, afirmou. “Eu tenho essa autoridade. Posso fazê-lo com uma ordem executiva”, sublinhou, sugerindo que a decisão deverá ser formalizada neste sábado.
O TikTok, utilizado pelos usuários para compartilhar vídeos de curta duração, é bastante popular entre os adolescentes. Estima-se que o aplicativo já tenha conquistado em torno de um bilhão de pessoas em todo o mundo. O TikTok assegurou que possui alto nível de transparência, inclusive ao permitir o acesso a seus algoritmos como forma de tranquilizar usuários e agências reguladoras. “Não somos políticos, não aceitamos propaganda política e não possuímos uma agenda”, afirmou Kevin Mayer, CEO da rede social, em postagem na última semana. “O TikTok se tornou o mais recente alvo, mas nós não somos o inimigo.”
Criado em 2016 na China, o TikTok tornou-se, recentemente, o terceiro aplicativo mais baixado do ano na Apple Store e Google Play Store, ultrapassando Facebook e Instagram, ficando apenas atrás do apps de mensagem WhatsApp e Facebook Messenger.
A popularidade do app de edição e compartilhamento de vídeos curtos é bastante impulsionada por jovens da geração Z, visto que 41% dos usuários têm entre 16 e 24 anos. A plataforma também abre espaço para ações com influenciadores já que 72% de seus usuários seguem algum influencer no app.