Bolsonaro tem a melhor avaliação desde o início do mandato

Bolsonaro brasão cirurgia
Bolsonaro será submetido a uma nova cirurgia, desta vez para retirada de um cálculo renal/Arquivo
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Pesquisa Datafolha realizada entre 11 e 12 de agosto aponta que o presidente Jair Bolsonaro está com a melhor aprovação desde o início do mandato. Segundo o instituto, 37% dos brasileiros consideram seu governo bom ou ótimo. Eram 32% na pesquisa anterior, realizada no fim de junho. A rejeição ao presidente caiu dez pontos percentuais, de 44% para 34%. Já a porcentagem daqueles que consideram o governo regular reduziu de 27% para 23%. A pesquisa ouviu 2.065. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O aumento da popularidade também coincide com a continuidade da distribuição do auxílio-emergencial de R$ 600 para trabalhadores afetados pela crise. O governo federal, que inicialmente havia proposto o valor de 200 reais e concordou em triplicar o valor após votação na Câmara dos Deputados, hoje celebra a cada semana o número total de beneficiados, que tem aumentado a aprovação do presidente até mesmo em antigos redutos do PT, como o Nordeste.

Paradoxalmente, a mudança substancial na forma como parte da população vê o governo Bolsonaro ocorre no momento em que o país vive uma grave crise sanitária e econômica. No último fim de semana, o Brasil superou a marca de 100 mil mortes por Covid-19, com o presidente ainda insistindo numa postura negacionista da pandemia. Já as projeções do PIB no segundo trimestre apontam para um tombo de pelo menos 11%, segundo o Banco Central.

Segundo o Datafolha, dos cinco pontos de crescimento da taxa de avaliação positiva, pelo menos três vieram de trabalhadores informais ou desempregados que têm renda familiar de até três salários mínimos. Eles fazem parte justamente do grupo alvo do auxílio emergencial.

A melhora na aprovação de Bolsonaro também coincide com certa moderação recente em alguns temas, como sua relação com o Congresso e o Judiciário. No primeiro semestre, o presidente chegou a participar de atos contra o Supremo e pelo fechamento do Congresso. Os atos ainda continuam a ser organizados, mas as mensagens golpistas ficaram, por ora, menos explícitas. (Da DW)

 

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