Distrito Federal quer produzir a vacina russa contra o Covid-19

Embaixador russo DF
Sergey Akopov recebe comitiva que representou o governo do Distrito Federal/Divulgação

O Governo do Distrito Federal, assim como o governo do Paraná, poderá fechar um acordo com a Rússia em torno de uma vacina chamada Sputnik V contra a Covid-19 . Parte dos testes clínicos foi realizada no hospital militar Burdenko, com voluntários das Forças Armadas.

O Distrito Federal sugeriu que 25 mil voluntários possam participar dos experimentos da vacina que já foi registrada pelo governo russo. Além disso, quer produzir a vacina através do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF. O Iges-DF não tem estrutura para a produção, mas a ideia é formalizar um acordo com um laboratório especializado.

As duas propostas foram apresentadas hoje (27) ao embaixador russo em Brasília, Sergey Akopov. O diplomata gostou da ideia e por isso nos próximos dias deverá ser encaminhado um memorando de intenção a ser assinado pelas duas partes. Akopov disse que outros estados também têm intenções de fazer um acordo científico e comercial, como o Acre, a Bahia e Minas Gerais.

A audiência com o embaixador foi marcada pelo vice-presidente da Câmara Legislativa, deputado distrital Rodrigo Delmasso (Republicano). Participaram da comitiva o secretário da Saúde, Osnei Okumoto, o presidente do Iges-DF, Sérgio Luiz da Costa, e a vice, Emanuela Ferraz, e o deputado federal Júlio César (Republicano-DF), que será um personagem importante no processo de registro da vacina junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Distrito Federal já tem voluntários para testagem da vacina da China, que tem o apoio do governo do estado de São Paulo. Participam também dessa pesquisa desenvolvida pela farmacêutica Sinovac Biotech, a Universidade de Brasília (UnB) e  Hospital Universitário de Brasília (HUB).

O chefe do Fundo Soberano da Rússia, Kirill Dmitriev, disse ontem (26), que a fase 3 dos testes em humanos vai começar na próxima semana e 40 mil pessoas vão participar. No Brasil, ainda não foram selecionados voluntários para a testagem.

“Estamos em um momento em que a população anseia por uma solução mais rápida para a imunização contra a doença. Tenho certeza que o nosso trabalho em breve resultará em uma solução compatível com o desejo do povo brasileiro”, destacou Julio Cesar.

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