Reforma tributária deixa de ser urgente na Câmara

Presidente Jair Bolsonaro
Bolsonaro vai prestar novo depoimento à Polícia FederalArquivo/Agência Brasil
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No início da noite de ontem, quando foi entregue a proposta da reforma administrativa no Congresso, os líderes do governo e o próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disseram que a reforma tributária seria prioridade, junto com o pacto federativo. Hoje, a tramitação da tributária deixou de ser prioritária na pauta do Congresso, a pedido do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Com esta decisão, o projeto deixa de trancar a pauta e outras matérias podem ser votadas na frente, como a alteração no Código de Trânsito Brasileiro. O texto foi alterado pelo Senado e agora entra novamente no plenário da Câmara.

A proposta da reforma tributária foi encaminhada pelo governo ao Congresso em Julho, com a presença do ministro da Economia Paulo Guedes. Nos bastidores, o comentário é que o ministro entrou em choque com Rodrigo Maia. O ministro teria dito que ninguém da sua equipe deveria ligar para o presidente da Câmara. Maia disse que o ministro não gosta dele. Em entrevista aoSBT News, o parlamentar sugeriu que rompeu relações e não pretende buscar uma reconciliação.

O despacho assinado por Bolsonaro com o cancelamento da reforma foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União de hoje. A repórter Basília Rodrigues, da CNN Brasil, disse que Maia afirmou na quarta-feira que nada impedia votar a reforma administrativa em dezembro, após a votação da reforma tributária, o que, de acordo com líderes, como Baleia Rossi (MDB-SP), poderia ocorrer em outubro.

Em nota, a Secretaria de Governo explicou que a retirada da urgência do texto se deve ao fato de que trancaria a pauta na Câmara dos Deputados a partir da próxima semana, impedindo que outros projetos fossem apreciados. A CNN Brasil informou que o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, explicou que haverá mudanças no texto e que o tempo a mais servirá “para que o deputado Aguinaldo Ribeiro possa incluir a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) no novo IVA, em negociação com estados e municípios englobando ICMS e ISS”.

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