O ex-subsecretário afastado de Administração Geral da Secretaria da Saúde, Iohan Andrade Struck, disse que é inocente nas acusações feitas pelo Ministério Público do Distrito Federal dentro das investigações da Operação Falso Positivo. Ele está foragido há quase 30 dias, mas deve se apresentar hoje (22) à justiça distrital, segundo informaram os seus advogados, que devem pedir a revogação da prisão preventiva.
Cúpula da Saúde que está presa é finalmente exonerada – #COMPARTILHE o Misto Brasília
Struck concedeu uma entrevista à TV Record exibida nesta manhã no programa DF no Ar, ancorado pelo jornalista Guilherme Portanova. A apresentação do ex-subsecretário às autoridades judiciárias aconteceria após a exibição da entrevista. Ele disse que não “percebeu nenhuma irregularidade“ nos processos para contratação de testes para o novo coronavírus. E que desconhece “favorecimento ou recebimento“ de propina e que “nunca pediu nada“, assim como “não tinha a chave do cofre“.
Struck afirmou que sempre foi solicitado a máxima celeridade na tramitação dos processos, mas que esta era uma dinâmica do próprio governo. Na entrevista disse que trabalhar com licitações é muito difícil. “É muita pressão para dar continuidade aos trabalhos“. A Subsecretaria de Administração Geral da Secretaria da Saúde do DF lida com recursos do governo federal e distrital equivalentes a R$ 7 bilhões.
O ex-subsecretário foi incluído na lista de procurados de todas as polícias do Brasil, determinação que partiu da 5ª. Vara Criminal de Brasília. O Ministério Público do DF pediu que a Polícia Federal também inclua o nome na lista vermelha da Interpol. Struck é acusado de dois crimes, de fraude em licitação e de se beneficiar por meio de combinação de licitação. A Operação Falso Positivo foi deflagrada no dia 25 de agosto, quando foram cumpridos 44 mandados judiciais. Está sendo apurado a manipulação irregular de R$ 18 milhões na compra de testes para o Covid-19, com o envolvimento de duas empresas. Veja o conteúdo da denúncia do MPDF.