A diplomacia do agronegócio

Ministra Tereza Cristina Agricultura
Ministra Tereza Cristina, na audiência do STF, fala sobre a importância de aliar a produção agrícola e desenvolvimento sustentável/Guilherme Martimon/Mapa
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Texto de Marcelo Rech

Na semana passada, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, promoveu, junto com o Itamaraty e a Apex-Brasil, o 2º Encontro dos Adidos Agrícolas Brasileiros, oportunidade em que a ministra Tereza Cristina se referiu à “Diplomacia do Agronegócio”, ferramenta que tem sido fortalecida desde o início de 2019 com resultados concretos.

Não fosse a força do Agro, a situação econômica do país seria outra, muito diferente da atual. Os adidos agrícolas estão na linha de frente da atuação externa do país, negociando a abertura de mercados para os produtos brasileiros. Por outro lado, essa é uma das razões pelas quais o Brasil entrou no radar da concorrência.

A Europa, percebendo a estratégia e os seus resultados, usa de artifícios como as queimadas na Amazônia, para detonar o Tratado de Livre Comércio com o Mercosul. Sem dúvida, uma artimanha para atingir o Brasil alimentada pelo setor agrícola europeu, muito forte e organizado politicamente.

Pegando carona, estão os partidos de esquerda europeus que, para dar uma mãozinha aos companheiros do outro lado do Atlântico, tratam de minar o acordo para impedir que o governo Jair Bolsonaro seja reconhecido pela capacidade de fechar um acordo que se arrastava havia 20 anos. Não sejamos ingênuos: a Europa nunca teve qualquer preocupação com o meio ambiente, índios ou ribeirinhos. Os ataques ao Brasil buscam impedir que o país se  consolide como potência alimentar global. Graças ao trabalho diplomático dos adidos agrícolas, a Ásia como um todo importa mais produtos do agro do Brasil do que Estados Unidos, Argentina e União Europeia juntos.

E para aqueles que criticam o agronegócio, é bom não esquecer que as estimativas do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2020, são de R$ 771,4 bilhões, o maior já obtido na série histórica, que começou 1989.

Um dos papeis do adido é identificar as oportunidades, os desafios e as possibilidades de comércio, investimentos e cooperação para o agronegócio brasileiro. Neste sentido, Tereza Cristina tem orientado a que mergulhem de cabeça nessa experiência para engrandecer a missão de levar o agronegócio para o mundo e diversificar a pauta exportadora brasileira.

Importante destacar, ainda, que a ministra da Agricultura participa diretamente da seleção e formação dos adidos agrícolas. Desde o início de sua gestão, houve uma expansão da rede de adidos agrícolas de 20 para 25 postos, que cobrem 70% do comércio mundial de produtos agrícolas e 5 bilhões de consumidores em potencial.

Para se ter uma ideia, entre janeiro e novembro de 2019, foram abertos 26 mercados, válidos para produtos diversos, em 16 países, o que representa US$ 9 bilhões em exportações brasileiras. São números que contribuem diretamente para a geração de empregos e o fortalecimento da segurança alimentar. Os críticos devem ter em mente, também, que durante a pandemia, não houve problemas de abastecimento interno e o Brasil contribuiu para que outros países enfrentassem a crise com relativa tranquilidade.

Segundo Tereza Cristina, “nossa missão compartilhada é tratar a agropecuária brasileira de forma integral e implementar efetivamente a diplomacia do setor no mercado internacional. Temos ajudado a sustentar a economia nacional durante a pandemia, somos o único PIB setorial que cresceu, o único segmento que ampliou exportações”, afirmou.

Com os dois acordos firmados entre o Ministério da Agricultura e a Apex-Brasil, a parceria para ações de promoção comercial, atração de investimentos e de integridade serão intensificadas, pois haverá o fortalecimento e a uniformização da agenda de promoção internacional da cadeia do agronegócio; a inserção de novas empresas no comércio internacional; a atração de investimentos estrangeiros para o setor; a internacionalização de empresas e o estímulo ao empreendedorismo e à inovação no setor.

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