Pela terceira vez um pedido de liberdade foi negado ao ex-secretário da Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo. A solicitação da defesa foi negada pelo Superior Tribunal de Justiça, pelo Supremo Tribunal Federal e agora pela 5ª Vara Criminal de Brasília. A juíza Ana Cláudia de Oliveira levou em consideração para a manutenção da prisão o “alto poder de influência” de Francisco Araújo no esquema de desvios de recursos investigado no âmbito da Operação Falso Positivo.
Francisco Araújo e os demais presos na operação estão presos preventivamente no complexo penitenciário da Papuda. As prisões ocorreram no dia 25 de agosto. Na decisão, a juíza afirma que “não há dúvida de que, caso venha a ser posto em liberdade, possa também assim proceder, atuando para destruir ou esconder elementos de prova que ainda sejam desconhecidos pelo Ministério Público, o que agravará mais ainda o risco de prejuízo das diligências em curso”.
A defesa garantiu no pedido de liberdade que Francisco Araújo não ameaça prejudicar as investigações, porque já foi exonerado do cargo. Também alegaram a presunção de inocência. O Ministério Público do DF sustentou que “não se alteram pelo só fato de ter sido exonerado do cargo de secretário de Saúde”.