A Secretaria da Educação informou nesta manhã que não irá se manifestar sobre o retorno das aulas presenciais da rede pública de ensino, determinado na sexta-feira (24) pela justiça distrital. Oficialmente, o governo não disse o que fará sobre essa determinação, mas extraoficialmente informou-se que deve entrar com uma cautelar na instância superior. Hoje, o governador Ibaneis Rocha (MDB) disse que não caberia à justiça decidir sobre o assunto.
“Entendo que essa é uma decisão que não caberia à Justiça. Mais uma vez é a Justiça tentando governar. Nós temos todas as dificuldades das escolas públicas. O número de unidades é muito elevado, a quantidade e mobilização é muito grande e sabemos que são muitos EPIs para contratar, comprar álcool em gel para toda a segurança dessas crianças. Então, são muitas coisas em avaliação”, disse Ibaneis.
O Sindicato dos Professores também é contra o retorno das aulas presenciais, mas muitos pais são a favor. Numa respostas ao Misto Brasília hoje pela manhã, a Secretaria de Educação do Distrito Federal escreveu que “não se pronunciará neste momento“. Esta segunda-feira foi o primeiro dia de retorno dos estudantes do Ensino Médio da rede particular de ensino. Menos de 30% do efetivo foram aos colégios, segundo as primeiras avaliações.
A declaração do governador ocorreu após a cerimônia de inauguração do Centro Especializado de Saúde da Mulher. Na ocasião, ele também reafirmou que o governo não vai subsidiar as festas de Carnaval. Entidades fizeram um manifesto em que pedem recursos para o Governo do Distrito Federal para financiar as festas do próximo ano.
“Festas deste porte só após a vacina. Para mim, esta questão já está definida”, disse Ibaneis. A Secretaria da Cultura e Economia Criativa anunciou na semana passada que cancelou as verbas para as festas.