É hora de parar com as mentiras e encarar a realidade

Estudante sala de aula Misto Brasília
Ministério da Educaçào autorizou novos cursos a nível de graduação/Arquivo/Freepik
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Estamos a pouco mais de dois meses do final do ano. Até lá, um grande acontecimento político tem data para acontecer no Brasil. As eleições municipais de 15 de novembro mobilizam milhares de candidatos. Mais uma vez, milhões de brasileiros esperam que os eleitos cumpram suas promessas.

A pandemia do novo coronavírus vai continuar por um bom tempo, embora os números de contaminados e de óbitos estejam caindo de uma maneira geral. A doença traiçoeira deixa sequelas para quem escapou da morte. A pandemia que persiste, é mais um motivo para que a escolha de vereadores e prefeitos seja acertada.

Apesar do novo normal, há muita coisa de velho na nossa política. As dúvidas são maiores que as certezas. Velhos e batidos temas estão na pauta, com ou sem pandemia. Educação, emprego, saúde, segurança e o futuro da economia. Há também a questão de ideologia, de gênero, de raça, os direitos e os deveres, as injustiças e a desesperança.

A pandemia nos fez ver que estamos piores do que se imaginava nessas questões. Milhões estão à margem do conhecimento, longe do acesso à internet e vivendo no limpo da marginalidade.

Os políticos precisam melhorar seus atos e suas práticas. Nas últimas eleições apostamos em renovação, novas promessas foram agregadas às mensagens aos eleitores, mas o abismo real confronta um futuro que poderia ser promissor.

A questão da educação, por exemplo, é um problema muito sério que precisa ser confrontado de forma definitiva. Não há esperança sem educação de qualidade. É uma enganação pensar num município, num estado ou um país melhor sem um projeto definitivo e concreto para esta área. Chega de discursos.

Mais uma vez a pandemia escancarou que milhões de crianças e adolescentes estão sem internet, por exemplo. Isso ficou bem claro quando se tentou colocar a escola virtual. Mesmo nas escolas particulares ficou claro que professores não dominam as ferramentas do ensino a distância. Ou não tem acesso a internet, hoje essencial e fundamental para a inserção num mundo cada vez mais digitalizado.

Prefeitos e vereadores têm compromisso com essa transformação. Não é possível que esta responsabilidade seja transferida, porque o fosso das desigualdades é gigantesco.

Não é com discurso fácil – e raso -, que esses desafios serão resolvidos. Ao eleitor cabe, como sempre digo, cobrar de forma enérgica nos próximos quatros anos, porque o voto e a democracia não se encerram na hora de apertar a tecla verde e ouvir aquele barulhinho da urna eletrônica.

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