O ator escocês Sean Connery morreu este sábado (31) aos 90 anos, disse a família à BBC, indicando que ele já não estava bem “há algum tempo”. Connery, que foi o primeiro a interpretar no cinema o papel de James Bond em 1962, era considerado por muitos como o melhor 007. Participou em sete filmes do espião britânico.
Sean Connery nasceu em 25 de agosto de 1930 em Fountainbridge, Edimburgo, e trabalhou desde adolescente para ajudar a família. Desistiu da escola e aos 16 anos alistou-se na Marinha, mas problemas de saúde afastaram-no desse percurso. Seria na década de 1950 que lançaria a sua carreira como ator, com o papel de James Bond a catapultá-lo para a fama, segundo informou o Diário de Notícias, de Portugal.
Ao longo de décadas, interpretou dezenas de papéis, tendo recebido um Oscar de melhor ator secundário no filme Os Intocáveis (1987). Venceu ainda dois Bafta e três Globos de Ouro, incluindo um prémio honorário Cecil B. DeMille pelo seu “contributo notável para o mundo de entretenimento”.
Do seu currículo fazem também parte filmes como “Caça ao Outubro Vermelho”, “Indiana Jones e a Última Cruzada”, “A Casa da Rússia, “O Rochedo” ou “O Nome da Rosa”. Em 2003 tinha-se retirado dos grandes ecrãs, depois do fracasso do último filme, Liga de Cavalheiros Extraordinários.
Vivia nas Bahamas com a mulher, Micheline Roquebrune Connery, com quem casou em 1975. Tinha um filho do primeiro casamento, com a atriz australiana Diane Cilentro, o também ator Jason Connery.
Em 2000, foi nomeado Cavaleiro do Império Britânico pela rainha Isabel II, sendo um fervoroso defensor da independência da Escócia. A chefe do governo escocês, Nicola Sturgeon, já reagiu à morte do ator. “Foi um privilégio ter conhecido o Sean. Quando falei a última vez com ele, era claro que a sua saúde estava a falhar — mas a sua voz, o espírito e a paixão que todos adorávamos ainda estavam lá. Vou sentir a sua falta, a Escócia vai sentir a sua falta. O mundo vai sentir a sua falta”, escreveu numa das mensagens no Twitter.