O líder da Rede no Senado, Randolfe Rodrigues (AP), afirmou nesta terça-feira que o veto à prorrogação da folha de pagamento de 17 setores está na pauta da sessão do Congresso Nacional convocada para a quarta-feira (04). Polêmico, o veto já teve sua votação adiada algumas vezes, justamente pelo apelo popular. Uma vez mantido, encerrará os incentivos tributários a empresas a partir do ano que vem. Os que defendem a derrubada do veto alertam que o fim da isenção poderá resultar na demissão de milhares de trabalhadores.
“Temos maioria necessária para derrubar o veto… sobre desoneração. Isso salvará empresas e, principalmente, milhares de empregos no Brasil”, disse o senador, que participou de reunião de líderes da Casa.
A manutenção do veto às desonerações é considerada impopular pelos parlamentares, no clima das eleições municipais de novembro. Argumentam que uma retirada dos incentivos já a partir do próximo ano pode implicar no aumento do desemprego.
Mas sua derrubada, e a consequente prorrogação até o fim de 2021, teria impacto nas contas públicas. Caso o veto seja rejeitado, será mantida a substituição, pelos empregadores, do pagamento da contribuição previdenciária de 20% sobre os salários por uma alíquota de 1% a 4,5% da receita bruta, beneficiando especialmente setores intensivos em mão de obra.