A Polícia Civil do Distrito Federal começou hoje (04) a trocar o armamento pessoal do seu efetivo. As pistolas da Taurus serão trocadas por 5 mil pistolas da marca Glock semiautomática e de calibre 9mm. Fabricadas pela Glock América S.A. o armamento está disponível em três diferentes modelos – G17 (Padrão), G19 (Compacta) e G 26 (Subcompacta).
O kit que cada delegado, escrivão, papiloscopistas, policiais de custódia, peritos e agente receberá inclui também três carregadores sobressalentes, um coldre velado, um coldre ostensivo, um porta-carregador duplo, um conjunto de manutenção/limpeza, uma maleta de transporte individual da pistola e um manual de instruções em português brasileiro. Em nota, a Polícia Civil afirma que “o foco o investimento em uma polícia bem preparada, técnica e tecnologicamente, para a pronta resposta no combate ao crime”.
A corporação informou que a substituição não tem relação com uma série de incidentes com as pistolas da Taurus. A licitação internacional anunciada em outubro do ano passado, anunciada em abril desse ano e custou R$ 12 milhões (US$ 2,125 milhões).
A Polícia Militar também pretende trocar seu armamento. Um julho, abriu uma concorrência internacional, mas em agosto, foi suspenso pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal. Foram encontradas irregularidades no edital que seria fechado em setembro para aquisição de 11,5 mil armas com valor estimado de R$ 32,2 milhões.
Os armamentos da Forjas Taurus S.A. tiveram uma série de problemas nas duas corporações do DF. Em setembro do ano passado, seis executivos da empresa passaram a réus numa ação penal por conta da venda de armamento defeituoso para a Polícia Civil do Distrito Federal. A denúncia do Ministério Público do DF foi aceita pela 2ª. Turma Criminal do Tribunal de Justiça. A denúncia tinha sido rejeitada na primeira instância.
Em dezembro do ano passado, o governo distrital e a Taurus foram condenados pelo juiz da 3ª. Vara da Fazenda Pública do DF, Jansen Fialho de Almeida, a indenizar o sargento da Polícia Militar Ronaldo Silva Machado, por danos materiais, morais e estéticos. A arma que ele usava em serviço disparou sozinha e atingiu a sua perna, em maio de 2015. O GDF e a companhia foram condenados, solidariamente, ao pagamento de R$ 6.542,67, a título de danos materiais, referentes ao que foi gasto com medicamentos pelo autor. Os réus teriam, ainda, que indenizar o sargento em R$ 100 mil, a título de danos morais, e R$ 100 mil, a título de danos estéticos.