Foi uma noite tensa nos EUA. Em Portland, a polícia declarou motins, prendeu 11 pessoas e apreendeu martelos, uma espingarda e fogos-de-artifício. No Oregon a governadora Kate Brown ativou a Guarda Nacional em resposta aos protestos durante a noite. Em Nova Iorque, a polícia disse ter feito cerca de 50 detenções em protestos que se espalharam pela cidade na quarta-feira.
As manifestações aconteceram em várias cidades norte-americanas e muitas foram organizadas por apoiadores de Joe Biden. Apesar de serem maioritariamente protestos pequenos e pacíficos, foram feitas quatro detenções em Denver, depois de os manifestantes se terem virado contra a polícia. Também foram feitas detenções durante as manifestações em Minneapolis, depois de os manifestantes terem bloqueado o trânsito.
Os manifestantes também organizaram comícios e encontros em Atlanta, Detroit e Oakland, exigindo que a contagem dos votos aconteça sem entraves.
Os parceiros locais da Protect the Results — uma coligação de mais de 165 organizações, grupos de defesa e sindicatos de trabalhadores — organizaram mais de 100 eventos planejados em todo o país entre quarta-feira e sábado.
Fã declarado de Donald Trump, o presidente Jair Bolsonaro disse na noite desta quarta-feira (04) que “a esperança é a última que morre” ao falar da apuração das eleições americanas, que mostram seu colega americano em desvantagem em relação ao desafiante democrata Joe Biden.
“A gente tá aqui com o coração na mão com o que tá acontecendo nos Estados Unidos”, disse Bolsonaro para apoiadores em frente ao Palácio Alvorada. “A esperança é a última que morre”. Questionado por um apoiador se estava acompanhando a contagem nos EUA, Bolsonaro respondeu de maneira irônica: “O que é que você acha?”. “Todo mundo acompanhando. Parece que foi judicializado o negócio lá, um estado ou outro. [Vamos] Esperar um pouquinho”, completou. (Com a DW, Reuters e Público)