O plano do governo para o auxílio emergencial é encerrá-lo ao fim deste ano, com retorno ao Bolsa Família como programa de transferência de renda, afirmou nesta quinta-feira o ministro da Economia, Paulo Guedes. “A resposta hoje, se você perguntar assim, qual o plano para o auxílio emergencial? Remoção gradual… acaba o auxílio emergencial. Que já foi 600, caiu pra 300 e ele acaba, nós voltamos para o Bolsa Família”, disse Guedes ao participar de evento online promovido pela Abras, associação de supermercados.
O ministro frisou que esse é o plano A, já que a percepção é de que o surto de coronavírus está retrocedendo e a economia, reagindo. Os pagamentos do auxílio emergencial encerram em 31 de dezembro deste ano. Guedes voltou a dizer que, caso haja uma segunda onda de Covid-19 no país – possibilidade que classificou como baixa -, o auxílio deverá ser mantido e um novo estado de calamidade pública deverá ser decretado, frisando que uma emenda na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Pacto Federativo abre caminho para tanto.
Ele repetiu, contudo, que o gasto do governo deverá ser menor num novo enfrentamento à doença, ficando por volta de 4% do Produto Interno Bruto (PIB), contra cerca de 10% do PIB neste ano.