Sob a chancela de Hugo Chávez, foram muitos os partidos de esquerda que viveram e revolucionaram a política venezuelana. No entanto, a postura de seu sucessor, Nicolás Maduro, acabou quebrando a herança de alianças, e em torno do Partido Comunista é que se nota, atualmente, uma divisão em relação ao atual presidente. Atualizado às 08h39
O desafio saiu caro. Dois dos grupos que mais se identificavam com o chavismo – Tendências Unificadas para Alcançar o Movimento de Ação Revolucionária Organizada (Tupamaro) e Pátria para Todos (PPT) – tiveram suas siglas retiradas pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), que as entregou a alguns ex-militantes considerados mais dóceis com o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), fundado por Chávez.
Apesar disso, sem ceder ao desânimo, eles se uniram através da coalizão Alternativa Popular Revolucionária (APR), impulsionada pelo Partido Comunista da Venezuela (PCV) para a disputa da eleições legislativas de 6 de dezembro, com a intenção de retomar a essência da revolução bolivariana e se afastar da “política burguesa de ajuste macroeconômico” que afirmam que foi implementada pelo atual presidente da Venezuela, segundo informou a agência Efe.
O chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, descreveu as eleições parlamentares de Maduro como uma “farsa eleitoral” e afirmou que são uma tentativa da “ditadura” de se “legitimar” no poder. Partidos que participaram como adversários de Maduro nas eleições parlamentares decidiram não se manifestar após conhecer os resultados em que foram derrotados.