Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta manhã no Lago Sul, Asa Norte, Vicente Pires, Taguatinga, Guará, Águas Claras e Núcleo Bandeirante. O cumprimento de ordem judicial faz parte da Operação Navio Fantasma que tem como objetivo desbaratar uma quadrilha em golpes de seguro. Também foram apreendidos armamentos em residência e empresas dos suspeitos que não tiveram os nomes divulgados.
O grupo criminoso também criou cinco empresas de fachada, em nome das quais eram registrados os veículos. Entre os veículos destruídos estão três BMW´s, um Porsche e um Chrysler. Em dezembro de 2019, uma embarcação de cinquenta pés foi incendiada no Lago Corumbá e o seguro pagou R$ 750 mil. Estima-se que nos últimos dois anos, o grupo tenha faturado perto de R$ 2 milhões com as fraudes.
De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, nos últimos dois anos o grupo forjou cinco acidentes automobilísticos para recebimento do valor do seguro. No total, foram destruídos dez veículos, dois em cada acidente.
Nota da polícia diz o seguinte: a logística do grupo é simples: a) são adquiridos veículos importados de difícil comercialização; b) são contratados seguros novos, com valor de indenização correspondente à Tabela Fipe; c) ocorre a colisão proposital dos veículos, que sofrem perda total; d) o condutor que contratou o seguro assume a culpa pela colisão, para viabilizar o pagamento dos danos do outro veículo envolvido no acidente, cujo condutor também integra a associação criminosa; e) opera-se o recebimento dos valores do seguro, baseados na Tabela Fipe, que são superiores aos valores de aquisição dos veículos.