Profissionais de saúde do Distrito Federal estão recusando a vacina CoronaVac, que está sendo imunizada há cerca de uma semana. Os motivos para o boicote são diversos. Alegam que já contraíram a doença e que por isso não precisam da vacina, não querem ser imunizadas pela CoronaVac ou esperam outro imunizante.
A rejeição por alguns servidores está sendo investigada pela Secretaria da Saúde e também pela comissão especial de vacinação da Câmara Legislativa. O processo de vacinação é lento e até agora somente 33 mil pessoas foram vacinadas. Enquanto em outros estados outros grupos já estão sendo vacinados, além de trabalhadores da saúde, no DF ainda é aguardado a vacinação dos idosos. Proporcionalmente, foram vacinadas até 1,09% da população de 3 milhões de habitantes.
Esses problemas foram relatados por uma reportagem da CBN de Brasília. A Ouvidoria-Geral do Distrito Federal também está recebendo as denúncias envolvendo irregularidades na vacinação contra a Covid-19. A Ouvidoria abriu uma área específica no Sistema OUV-DF para facilitar e agilizar o acesso do cidadão ao serviço, chamada “Vacina Covid-19”. As denúncias podem ser feitas pelo telefone 162, de segunda a sexta-feira, das 7h às 21h, e nos feriados e fins de semana, das 8h às 18h.
A Controladoria-Geral do DF informou que identificada irregularidades com servidores que pode responderpenal, civil e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. As sanções civis, penais e administrativas podem ser acumuladas e são independentes entre si.
Durante uma audiência patrocinada pela comissão da Câmara Legislativa, o coordenador dos testes clínicos da terceira fase da Coronavac no DF, Gustavo Romero, defendeu maior agilidade na transferência de tecnologia para produção das vacinas no Brasil. Mesmo com o sucesso da vacinação, ele frisou que ainda será “crucial manter o distanciamento e a proteção individual para diminuir o impacto da pandemia”, já que todos os imunizantes visam evitar os sintomas e não a infecção. Ele também criticou a estratégia de adiamento da segunda dose da vacina, o que seria “atropelar a evidência científica”.