O ex-presidente da Argentina e senador Carlos Saúl Menem morreu neste domingo (14), aos 90 anos. O político peronista estava internado no hospital Los Arcos, em Buenos Aires, desde 15 de dezembro do ano passado. Menem viu seus problemas de saúde se agravarem após contrair uma forte pneumonia em junho de 2020. Recentemente, uma infecção urinária complicou seus problemas cardíacos.
Filho de imigrantes sírios e advogado de profissão, Menem foi o presidente argentino a ficar mais tempo no cargo, de 1989 a 1999. Desde 2005, era senador e se manteve ativo na política quase até o fim da vida, chegando a participar das primeiras sessões virtuais do Senado argentino em meio à pandemia de Covid-19.
Antes de ocupar a Casa Rosada, Menem foi governador de La Rioja, sua província natal, duas vezes, entre 1973 e 1976 e novamente de 1983 até o início da sua campanha para as eleições presidenciais de 1989, que venceu com 47,5% dos votos. Depois de reformar a Constituição, foi reeleito presidente em 1995, com 49,94% dos votos.
Menem foi detido em 2001 preventivamente por seis meses pela suposta venda ilegal de armas para a Croácia e o Equador, pela qual foi inicialmente condenado, mas, depois, absolvido.
Em 2019, foi condenado a três anos e nove meses de prisão por fraude na venda de um imóvel na década de 1990, o qual teria comprado com recursos públicos desviados. No entanto, por ocupar o cargo de senador, ele tinha imunidade parlamentar e só seria preso caso o Senado aprovasse a sua detenção, o que não ocorreu.
O ex-presidente tinha três filhos: os dois mais velhos, Zulemita e Carlitos (que morreu em um acidente de helicóptero em 1995), com sua primeira esposa, Zulema Yoma, e o mais novo, Máximo, com a modelo chilena e ex-miss universo Cecilia Bolocco, com quem foi casado de 2001 a 2007.