Apesar das críticas de Bolsonaro, presidente da Petrobras deve ficar

Reunião sobre combustíveis Misto Brasília
Décio Oddone (ANP), o ministro Bento Albuquerque e Roberto Castello Branco (ex-Petrobras)//Arquivo/Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Compartilhe:

A turbulência após as falas do presidente Jair Bolsonaro sobre o reajuste dos combustíveis e as críticas ao CEO Petrobras, Roberto Castello Branco, segue no radar do mercado nesta sexta-feira (19). De acordo com duas fontes ouvidas pela Reuters, mesmo com as declarações do presidente da República contra o executivo, Roberto Castello Branco não pretende pedir demissão da companhia.

“Não vai ceder e não pretende sair”, disse uma das fontes à agência, na condição de anonimato. “Já houve um tempo em que o conselho (de administração da empresa) era pró-governo, e agora é independente”, acrescentou a fonte, argumentando que o CEO tem apoio para continuar na empresa.

Vale destacar que as críticas do Bolsonaro a Castello Branco acontecem às vésperas da reunião do conselho de administração em que é votada a recondução ao cargo do presidente. No próximo dia 23, véspera da divulgação dos resultados de 2020, o colegiado se reúne para deliberar, entre outros assuntos, a recondução de Castello Branco para mais um mandato de dois anos para o executivo que assumiu no começo de 2019. A reunião é ordinária e já estava marcada para ocorrer.

De acordo com informações do Valor, que também cita fontes,  o conselho apoia a atual gestão e não vê, até o momento, necessidade de mudança no comando da empresa. Uma terceira fonte, contudo, disse que um ambiente de ruído entre o presidente da Petrobras e o presidente da República não é desejável.

O comentário do presidente foi feito após o anúncio na quinta-feira de que a empresa elevará em cerca de 15% o preço médio do diesel nas refinarias e em mais de 10% o da gasolina, a partir desta sexta-feira, segundo informou o Infomoney.

Bolsonaro anunciou ainda na noite de quinta-feira que vai zerar em definitivo os impostos federais sobre o gás de cozinha e por dois meses os que incidem sobre o diesel, neste caso, com o objetivo de “contrabalançar” o reajuste que considerou “excessivo” da Petrobras.

Informativo Misto Brasil

Inscreva-se para receber conteúdo exclusivo gratuito no seu e-mail, todas as semanas

Assuntos Relacionados

DF e Entorno

Informativo Misto Brasil

Inscreva-se para receber conteúdo exclusivo gratuito no seu e-mail, todas as semanas