De acordo com o chefe da Casa Civil do governo do Distrito Federal, Gustavo Rocha, a decisão pelo toque de recolher no período noturno é com base nas taxas de transmissão, que ocorre mais à noite. “O maior índice de contaminação ocorre no período noturno, nas aglomerações, que apesar de todos os nossos pedidos e orientações continuam ocorrendo”, afirmou. A taxa de transmissão chegou a 1.8, índice bastante diferente do mês passado que na média ficou em 0,8.
Na entrevista coletiva convocada para explicar o toque de recolher que passa a vigorar a partir de hoje (08), ele disse que o objetivo é unir o toque de recolher às restrições já impostas aos serviços não essenciais desde 28 de fevereiro. Ele afirmou que, caso as medidas não sejam suficientes, o Governo do Distrito Federal não descarta novas restrições nos próximos dias.
“A união desses decretos visa diminuir a circulação de pessoas e, por consequência, a circulação do vírus. Neste momento, entendeu-se que, na medida que foi feito, o decreto é suficiente para diminuir a transmissão do vírus. Se isso não ocorrer, outros atos poderão ser tomados pelo governador visando isso”. O secretário-adjunto de Assistência à Saúde do DF, Petrus Sanchez, voltou a afirmar que “vivemos uma situação muito crítica”.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) escreveu no Twitter que o objetivo do toque de recolher “é diminuir a circulação de pessoas e todos deverão permanecer em suas residências, ressalvado o deslocamento realizado para atender a eventual necessidade de tratamento de saúde emergencial ou de aquisição de medicamentos em farmácias”.
“Ainda esta semana vamos instalar mais 50 UTIs para tratamento de Covid-19, mas a situação ainda é crítica. Por isso decretei toque de recolher que passa a valer a partir das 22h de hoje. Todos devem permanecer em suas casas das 22h às 5h em todo o território do DF”.