Lacen confirma quatro variantes da Covid-19 no Distrito Federal

Laboratório Lacen DF Misto Brasília
Novas tecnologias ajudam a combater as doenças/Arquivo/Breno Esaki/Agência Saúde-DF
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A Secretaria da Saúde do Distrito Federal já teria conhecimento há um mês de quatro variantes que circulavam entre a população. A informação foi repassada pelos epidemiologistas da Sala de Situação da Universidade de Brasília (SDS/FS). A Secretaria e o Laboratório Central, no entanto, sempre negaram que novas formas de contaminação do Covid-19 estariam ocorrendo e só confirmou duas cepas nos últimos dias.

Na noite passada, a Secretaria da saúde emitiu uma nova técnica que confirmou as variantes P1, P2, B.1.1.28, B.1.1.143. Mas a nota técnica não dá crédito da pesquisa, que foi realizada pelos cientistas da UnB. Na entrevista coletiva de ontem, o secretário Osnei Okumoto tinha comentado apenas sobre duas cepas.

A variação B.1.128 foi uma das primeiras cepas a circular. Sobre a linhagem B.1.1.143, a pasta disse apenas que “é uma outra linhagem que também já é identificada em diversos estados”. A P2 se refere à variante encontrada no Rio de Janeiro. Já a P1 é a encontrada em Manaus em janeiro deste ano.

Num texto da Secretaria de ontem à noite, informou-se que até o momento, por meio do sequenciamento realizado pelo Lacen, foram identificadas no DF “apenas as variantes brasileiras, o que inclui a cepa de Manaus. Não há registro das cepas de outros países, como do Reino Unido ou da África do Sul. São quatro as variantes mais recentes identificadas no Distrito Federal sequenciadas por meio de 87 amostras: P1, P2, B.1.1.28, B.1.1.143″.

“Os resultados de sequenciamento permitem conhecer as rotas de circulação do vírus, através da identificação de diferentes variantes e linhagens de transmissão, ou seja, localidades em que o vírus está circulando em maior quantidade, em diferentes regiões geográficas ou até mesmo bairros, e então saber onde é preciso intervir de maneira mais intensiva com diferentes medidas, como o isolamento social e outras medidas não farmacológicas”, explica a diretora do Lacen, Grasiela Araújo.

No início de fevereiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertou que a nova cepa de Manaus (AM), variante do novo coronavírus (Sars-Cov-2), já foi identificada em oito países: Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Alemanha, Coreia do Sul e Irlanda.

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