Novos hábitos um ano depois do início da pandemia do Covid-19

Eixão do Lazer máscara Misto Brasília
Ciclista passeia pelo Eixão do Lazer na época da pandemia da Covid-19/Arquivo/Acácio Pinheiro / Agência Brasília
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Texto de Duane Löblein

No dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a pandemia do novo coronavírus. Mas o que os brasileiros aprenderam com a crise? Quais os hábitos que a população mudou no dia a dia?

Há pouco mais de 11 meses, a dona de casa Ivelise Souza, 48 anos, não fazia ideia dos novos hábitos que adotaria. Moradora de Manaus, município que sofre com os altos índices de infectados pelo novo coronavírus, ela não fica mais sem o seu aliado: o álcool em gel. Antes de 2020, para grande parte da população brasileira, o item era utilizado em casos muito específicos – em hospitais e clínicas médicas. Hoje é um produto do cotidiano do brasileiro. Um ano depois do primeiro caso confirmado no Brasil, 10 milhões de casos e quase 250 mil vidas perdidas, o que mais a população aprendeu?

A manaura diz que, além de higienizar as mãos com álcool, passou a lavar todos os itens de compras quando chega em casa. “Os primeiros dias foram difíceis, mas me acostumei. Esses cuidados vão ficar na minha vida para sempre”, explica.

Para o produtor de elenco e guia turístico Eduardo Sá, 47 anos, a pandemia trouxe novos aprendizados e hábitos. “Adotei alguns procedimentos durante a pandemia e devo levar comigo. Deixo roupas e sapatos na entrada de casa. Coloquei um cabideiro na porta de entrada e ali deixo esses pertences”, conta o morador do bairro da Lapa, no Rio de Janeiro. Ele conta que vai continuar, depois da pandemia, com o uso eventual da máscara.

“Acredito que é algo importante porque a gente pode ter uma doença transmissível, tipo um resfriado. Até mesmo porque sou alérgico. Percebi que a máscara me ajuda a diminuir as crises. Quantos aos alimentos, hortifrutis, sempre deixo numa bacia com uma solução de água comum e água sanitária”, detalha Eduardo.

No Distrito Federal, Maria de Lurdes Vieira de Souza, 57 anos, trabalha como passadeira. “Quando saio de casa, levo meu álcool em gel, passo nas mãos ao entrar e sair dos ônibus. Trabalho com muito cuidado, quando chego em casa, troco a roupa e o sapato, higienizo tudo. Quando terminar a pandemia, quero continuar andando com meu álcool na bolsa e me cuidando ainda mais”.

Já o advogado José Maurício Medeiros Costa, 55 anos, morador de João Pessoa, na Paraíba, diz que “o grande legado da pandemia é cuidar melhor dos alimentos que nós consumimos”.

(Duane Löblein trabalha no Conselho Federal de Química)

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