A cardiologista Ludmila Haijar agradeceu o convite, mas não vai assumir o Ministério da Saúde. A proposta foi apresentada ontem (14) pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Depois desse convite, bolsonaristas e grupos contrários a indicação dispararam crítica à médica nas redes sociais. Ela fez críticas recentes à política federal na condução da campanha contra a Covid-19.
Ludmila disse há pouco numa entrevista à CNB Brasil que se sentia “honrada, mas há pontos de divergência com o governo”. A médica cita divergência sobre tratamento precoce e o lockdown, medida que a cardiologista considera adequada. “O Brasil precisa urgente de leitos de UTI e vacinação em massa”
Ela disse na entrevista que recebeu ameaças de morte. Por duas vezes pessoas tentaram invadir, segundo ela, o quarto de um hotel em que estava hospedada em Brasília neste final de semana.
Com a negativa, o caminho para a indicação do deputado federal Luiz Antônio Teixeira Jr, o doutor Luizinho (PP-RJ), para o lugar do general Eduardo Pazuello ganha mais for4ça. Ele é apoiado pelo Centrão. O nome do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) também entrou nas discussões. Barros já foi ministro da Saúde no governo de Michel Temer (MDB).