O documentário “Currais”, em uma linguagem híbrida entre ficção e documentário, conta uma história pouco conhecida do Brasil, quando foram criados em campos de concentração no interior do Ceará. A obra expõe uma das feridas mais trágicas do povo brasileiro. A estimativa é que entre 8 mil e 12 mil pessoas morreram e foram enterradas em valas coletivas. Além de isolados e confinados num campo de concentração, os retirantes da seca eram explorados como mão de obra escrava em obras públicas.
O filme chega aos cinemas selecionados e às plataformas digitais iTunes, Apple TV+, Google Play, YouTube Filmes, Vivo, Now e Looke a partir do dia 1o de abril. Veja logo abaixo o trailer do filme.
Com direção de Sabina Colares e David Aguiar e distribuição da O2 Play, o filme conta como o Estado brasileiro agiu para evitar que as famílias de flagelados atingidos pela seca da década de 1930 do século passado chegassem à cidade de Fortaleza, capital do Ceará. As pessoas, entre elas crianças e idosos, eram mantidas aprisionadas em campos de concentração na capital e no interior do Estado.
“Aí quando nos deparamos com essa situação radical de nosso País, queremos entender a nossa história, não para conhecer um passado morto, mas para compreender como essas injustiças e esses movimentos fascistas de tempos passados sobrevivem atualmente, agora. E acho que o ‘Currais’ é isso, é esse passado vivo que naturalizamos hoje, assim como os poderes dos anos 30 naturalizaram os campos de concentração”, explica David Aguiar.